No dia 16 de Março, fui à consulta das 39 semanas no Hospital para fazer a recolha Streptococos e ver como estava o cólo.
A médica disse que estava com 3 dedos de dilatação e que o melhor seria ficar no hospital porque o trabalho de parto já estava em curso. Só não o fez porque o gráfico não apresentava contracções regulares e fortes.
Não me doia nada, sentia só pressão no fundo da barriga, pressão no nariz e cabeça quando tinha as contracções e fisgadas nas virilhas. Mas isto já a algum tempo.
A médica disse que era muito arriscado estar assim em casa a esperar de contracções regulares ou o rebentar da bolsa, porque uma vez que não sentia nada podia depois ser tarde demais e chegar ao Hospital em período de expulsão ou com o bebe nos braços.
Fui para casa e no final do dia a pressão no fundo da barriga aumentou.
No final da tarde dei entrada pelas urgências no Núcleo de Partos e já fiquei internada, estava com 4 dedos de dilatação.
Instalei-me na sala de partos e começaram a induzir o parto para ter contracções regulares e fortes. Deram-me a epidural quando viram que tinha 5 dedos de dilatação à meia-noite.
Às 3h o Bruno perguntou à enfermeira se ainda estava atrasado para poder sair e comer qualquer coisa. Quando ela disse que ia estar assim à espera algum tempo e a ordem era para descansar, ele foi à rolote Fora D' Horas comer. Chegou às 4h30 e depois pegou no sono.
Acabou o tempo da 1ª dose e não me doia nada, fui esperando até às 5h15 e pedi o reforço porque já estava a sentir as contracções. A noite foi longa porque não tirava os olhos dos traçados para ver a regularidade das contracções... não conseguia dormir descansada... mas deu para dormitar porque não doia.
Às 7h25 senti um puxo e rebentaram as águas, chamei a enfermeira e o Bruno a dormir no cadeirão acordou com a campainha. Estava com 8 dedos de dilatação, as contracções começaram a ficar mais fortes e pedi o reforço da epidural.
A enfermeira vestiu a bata colocou a máscara, foi chamar as colegas e pôs a ocitocina a correr mais depressa para incentivar as contracções. Nesta fase eu estava sem dores e a ver a organização.
Depois disse-me para fazer força só para ver... pensei que estava a ensaiar para quando viesse a vontade de puxar.
Só dizia muito bem... que bem que sabe puxar, é isso mesmo.. e a seguir diz: "Olha que cabeludinha..."... "dava para fazer um tótó!" dizia outra enfermeira.
O Bruno deu um salto na cadeira quando ouviu que já se via a cabeça, como era possível?
Enquanto a enfermeira Isabel me fazia o parto as outras 3 enfermeiras estavam a conversar e à espera que a bebe saisse. Estavam na galhofa e até me fizeram rir numa das vezes que estava a fazer força, só porque sim. Tive de recomeçar.
Foi um parto inacreditável... sem dor, sem vontade de puxar, eu fiz força sozinha e ela foi saindo.
No dia 17 de Março às 8h35 nasceu a Rita, linda, com 3.240 kg e 47 cm.
No recobro pegou bem na mama e foi sempre muito sossegadinha. Só acordava para mamar e só chorava se lhe tiravam a roupa.
No inicio custou-lhe bastante a fazer o coco, porque o mecónio era muito duro, mas com massagens e estimulação já se livrou dele.
Em casa continua sossegadinha e de noite acorda para mamar de 3h em 3h sem chegar a chorar.
A mana anda eufórica com a Rita, quer ver tudo e pegar nela. Faz-lhe festinhas e dá beijinhos.
Mas marca o seu espaço e quer muito colo da mamã e quer que seja a mamã a dar-lhe o biberão.
Ainda pediu para beber leitinho, das maminhas da mamã, depois de ver a Rita a mamar, mas achou estranho e eu disse-lhe que era fraco, para a Rita e o dela era do biberão. :)